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Com a tecnologia a tornar-se uma parte tão importante das nossas vidas, não é de admirar que tenham surgido mitos e ideias erradas. Alguns tornaram-se mais populares do que outros e ainda hoje continuam a afetar muitos de nós. Vamos abordar hoje sete deles.

Todos nós já acreditámos em pelo menos um destes mitos ao longo dos anos, mas está na altura de acabar com eles. Então, quais são os maiores mitos tecnológicos que existem?

O Wi-Fi público é inofensivo:

É natural querer ter uma ligação à Internet onde quer que vá, e a rede Wi-Fi pública satisfaz muitas vezes esse desejo. No entanto, ligar-se a estas redes pode ser perigoso. O facto de serem públicas significa que praticamente qualquer pessoa pode partilhar a mesma ligação. Embora a maioria dos utilizadores de redes Wi-Fi públicas sejam inofensivos e apenas queiram navegar na Web quando estão fora de casa, as pessoas maliciosas também são comuns nestas situações.

Nas redes Wi-Fi públicas, os criminosos podem intercetar a sua ligação para ver o que está a fazer ou que dados está a enviar e a receber. Informações valiosas, como dados de início de sessão e detalhes de cartões de pagamento, podem ser facilmente roubadas.

Dos mitos mais atuais: a IA já é mais inteligente do que os humanos:

Os filmes e livros de ficção científica não contribuíram em nada para aliviar as mentes daqueles que acreditam que a inteligência artificial é uma ameaça. Há muito que o público teme que a IA venha um dia a dominar a civilização humana ou, num cenário menos extremo, a tornar-nos a todos muito mais preguiçosos.

Não é segredo que a IA está a tornar-se cada vez mais predominante nas nossas vidas modernas, com ferramentas como o ChatGPT a mostrar o quão avançada esta tecnologia se tornou. Mas, independentemente do que a IA já pode fazer por nós, ainda não é mais inteligente.

Atualmente, não é possível ter uma conversa com um sistema de IA como se fosse um ser humano. Muitos chatbots de IA podem ter características humanas, mas não conseguem processar informações como uma pessoa normal.

Um artigo de 2018 do Journal of Artificial Intelligence Research afirma que a inteligência de máquina a nível humano (em inglês human-level machine intelligence – HLMI) tem 50% de hipóteses de ocorrer dentro de 45 anos. Além disso, o mesmo documento estimava uma probabilidade de 10% de este fenómeno ocorrer dentro de nove anos.

A Web e a Internet são a mesma coisa:

É frequente confundirmos a Internet com a World Wide Web, mas são coisas diferentes. A World Wide Web é um grande sistema de dados que pode ser acedido através da Internet. Em contrapartida, a própria Internet é uma enorme rede global constituída por redes mais pequenas, elas próprias constituídas por computadores ligados e outros dispositivos, como smartphones e tablets.

Basicamente, utiliza-se a Internet e, posteriormente, um programa de navegação, para aceder à World Wide Web, que contém todas as informações de que se necessita. Plataformas de redes sociais, sites de compras, serviços de streaming e todos os outros dados podem ser encontrados na World Wide Web, sendo essas informações enviadas e recebidas através de um de dois protocolos de transferência conhecidos como HTTP e HTTPS.

As portas fechadas bloqueiam os sinais de Wi-Fi:

Não há nada mais frustrante do que uma ligação Wi-Fi fraca ou com falhas, especialmente quando se tem coisas importantes para fazer. É por isso que muitos de nós fazemos tudo o que podemos para manter o nosso sinal Wi-Fi o mais forte possível.

Certos fatores podem fraquejar uma ligação Wi-Fi, como a presença de muito metal. No entanto, fechar uma porta de madeira não deve afetar o sinal Wi-Fi. Este é um mito comum em que muitos ainda acreditam, mas que geralmente não é verdade.

A radiação tecnológica é perigosa – há mesmo quem acredite neste mito:

Talvez já lhe tenham dito que segurar um telemóvel perto da cabeça ou colocar um computador portátil no colo pode criar problemas de saúde. Alguns acreditam mesmo que esta radiação pode causar doenças potencialmente fatais, como o cancro.

Contudo, a radiação emitida pelos seus dispositivos tecnológicos não é perigosa. Muitos dispositivos, como os smartphones, utilizam frequências de rádio para comunicar, mas o nível emitido não é preocupante.

A Associação Americana de Alimentos e Medicamentos (FDA) declarou que “os dados de saúde pública não mostram qualquer associação entre a exposição à energia de radiofrequência proveniente da utilização de telemóveis e problemas de saúde”.

Os produtos Apple não apanham vírus:

Muitos proprietários de produtos da Apple pensam que têm o luxo de ser imunes a vírus e malware. No entanto, esse não é o caso. Nenhum dispositivo é totalmente imune quando se trata de cibersegurança. Infelizmente, isto é algo que todos temos de aceitar quando utilizamos tecnologia, e os utilizadores da Apple não são exceção.

O que tem contribuído para a prevalência deste mito é o facto de os dispositivos Apple terem um sistema antivírus robusto e fiável. Não é fácil infetar um dispositivo destes com vírus ou malware, mas é inegavelmente possível.

Não se vai tornar num alvo de cibercrime:

É fácil assumir que os ciberataques só acontecem a outras pessoas. Mas, nos tempos atuais, isso já não é verdade.

As táticas do cibercrime estão também a tornar-se cada vez mais sofisticadas. Hoje em dia, é muito fácil cair num roubo, com websites maliciosos idênticos aos originais e os cibercriminosos a encontrarem novas formas de enganar as vítimas.

É por isso que é sempre necessário levar a cibersegurança a sério. Programas antivírus, VPNs e palavras-passe fortes podem protegê-lo de indivíduos online.

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